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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Deputado Raimundo Cutrim deixa base aliada de Roseana Sarney

Deputado Raimundo Cutrim - MA
Mais uma perda significativa para o grupo Sarney foi anunciada na manhã de hoje. O deputado Raimundo Cutrim, ex-secretário de Segurança do governo Roseana Sarney, afirmou hoje na Assembleia Legislativa do Maranhão que deixa a base aliada ao governo para fazer parte da oposição.

Segundo ele, as tentativas de ajudar a melhorar os índices da segurança pública no Maranhão feitas por ele enquanto parlamentar causaram uma “perseguição criminosa” dentro do grupo Sarney, culminando em acusações das quais ele próprio não pôde se defender.

Cutrim lembrou que fez o pedido de criação da CPI da Agiotagem no Maranhão, para investigar atuação de agentes políticos em negociações com agiotas no estado. O pedido foi assinado por apenas 3 deputados ligados ao grupo Sarney, mas foi apoiado por todos os deputados de oposição.

“Aqui nós cansamos de esperar. Conversei com todos e eles (lideranças comunitárias) disseram: vou votar candidato que foi juiz. Vou contribuir para a candidatura de Flávio Dino no Maranhão, vou atrás da esperança, das mudanças que o povo do nosso estado está cansado de esperar,” disse Raimundo Cutrim, ao declarar que sai da base aliada.
Cutrim afirmou que os principais motivos para seu rompimento foram o aumento desenfreado da violência em todo o estado e a volta do crime organizado ao Maranhão. As críticas feitas por ele enquanto deputado não surtiram efeito e, segundo ele, causaram apenas uma “competição criminosa” interna no grupo Sarney.
Ele citou como exemplos o pedido de criação da CPI da Agiotagem. Cutrim pediu para ser ouvido na Comissão de Ética da Assembleia, deu entrada no Ministério Público de investigação por perseguição política dentro do grupo, mas não houve nenhum sinal de compreensão pelo grupo Sarney.
“Esperei que o grupo a que sempre fui leal fizesse algum gesto em minha defesa, mas só agrediram minha honra, minha moral e minha história para atingir a minha vida pública,” disse.

A pergunta que fica no ar é: Como se dá a “perseguição criminosa” de que falou Raimundo Cutrim em seu discurso?

Após criticar o sistema de segurança no Maranhão, a volta do crime organizado e o aumento da criminalidade em todo o estado, Raimundo Cutrim passou a ser hostilizado dentro do grupo Sarney. Segundo ele, as sugestões que deu para melhorar a segurança pública foram encaradas como críticas pessoais e deu vazão a uma “perseguição criminosa”.

A decisão de sair da base aliada de Roseana Sarney foi, segundo Cutrim, partiu de conversas dele com lideranças da capital e do interior. Cutrim afirmou ter consultado família e amigos, buscando uma decisão coletiva. “O povo é sábio, estou no caminho do povo. No caminho do progresso que todos nós estamos cansados de esperar. Por isso não sou mais da base aliada ao governo e faço parte da oposição,” finalizou.
 
Este é o modelo político que representa o grupo Sarney. Ao receber críticas, a perseguição.

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